Pressão alta: a doença silenciosa que mata 388 brasileiros por dia

Fonte: noticiasaominuto.com.br
Pressão alta: a doença silenciosa que mata 388 brasileiros por dia

Apesar de comum, a hipertensão arterial - ou pressão alta - é uma doença silenciosa e traiçoeira.

Entre 2006 e 2016, mais de 489 mil mortes foram registradas no Brasil em decorrência da condição, segundo dados do Ministério da Saúde.

Sem apresentar sintomas claros na maioria dos casos, a doença pode evoluir e se tornar um fator de risco para infarto, acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e comprometimento dos rins.
No Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão (26 de abril), o cardiologista Luciano Drager, do Hospital Sírio-Libanês, reforça a importância da conscientização e prevenção contínua.

“A pressão alta pode não causar sintomas por muito tempo, e quando se manifesta, muitas vezes já está em um estágio avançado.

Por isso, é fundamental aferir a pressão regularmente, manter uma alimentação com baixo teor de sal e praticar atividade física com frequência, de preferência sob a supervisão de um profissional de saúde”, orienta o especialista.


A hipertensão é caracterizada pela elevação persistente dos níveis de pressão arterial. Em adultos, ela é diagnosticada quando os valores estão iguais ou superiores a 140 mmHg na pressão sistólica (a chamada pressão máxima) e 90 mmHg na diastólica (a pressão mínima).


A pressão sistólica representa a força com que o coração bombeia o sangue; já a diastólica, a pressão nas artérias quando o coração relaxa entre os batimentos.

“Quando a pressão está alta, o coração precisa trabalhar mais do que o normal para garantir que o sangue circule adequadamente pelo corpo”, explica Luciano.


Conheça a seguir os principais mitos sobre a hipertensão:


1. Apenas idosos podem desenvolver hipertensão.


Essa ideia é equivocada e pode atrasar o diagnóstico. A hipertensão costuma aparecer entre os 30 e 50 anos, mas pode surgir em qualquer idade — até na infância.

Antes dos 30, é chamada de hipertensão de início precoce e pode estar ligada a outras doenças, como obstrução das artérias dos rins ou apneia do sono, exigindo investigação.

Estresse, ansiedade, depressão, insônia, consumo excessivo de sal e obesidade também elevam a pressão, o que explica o aumento de casos entre jovens.


2. A hipertensão é facilmente percebida pelos pacientes.


A hipertensão é, na maioria das vezes, assintomática — por isso é conhecida como uma “doença silenciosa”.

Um dos mitos mais comuns é que dor de cabeça seria um sintoma da pressão alta.

Na verdade, é o contrário: a dor de cabeça pode contribuir para o aumento da pressão, e não ser causada por ela.

Sinais de alerta que exigem atenção imediata incluem dor súbita no peito e fraqueza ou formigamento em um dos lados do corpo. Esses podem indicar infarto ou derrame, complicações graves da hipertensão.


3. O diagnóstico da hipertensão é feito apenas pela aferição da pressão em consultório.


A aferição feita no consultório é o ponto de partida, mas nem sempre confiável.

Algumas pessoas apresentam pressão alta apenas em ambientes médicos — é a chamada hipertensão do avental branco.

Por isso, exames complementares são importantes, como a MAPA (Monitorização Ambulatorial da Pressão Arterial), que mede a pressão por 24h, e a MRPA (Monitorização Residencial da Pressão Arterial), feita em casa, com orientação médica e equipamento calibrado.


4. A hipertensão não tem influência hereditária.


A genética tem forte influência na hipertensão. Quem tem pai e mãe com hipertensão corre maior risco de desenvolver a doença.

Embora não existam testes genéticos amplamente usados, o histórico familiar é um importante sinal de alerta.

Nesses casos, é essencial monitorar a pressão, manter uma alimentação saudável e praticar atividade física para prevenir ou controlar o problema.


5. Alimentação saudável e exercícios são suficientes para controlar a hipertensão.


Mudanças no estilo de vida — como praticar exercícios, reduzir o sal, perder peso e moderar o álcool — ajudam a controlar a pressão, especialmente nos casos leves.

Ainda assim, muitos pacientes precisarão de medicamentos, mesmo com hábitos saudáveis. Exercícios aeróbicos e a redução do consumo de sal e álcool estão entre as principais medidas de prevenção.

Combinadas ao tratamento médico, essas ações tornam o controle da pressão mais eficaz.


O monitoramento regular da pressão, além da adoção de um estilo de vida equilibrado, são fundamentais para prevenir complicações da hipertensão arterial.

Também é essencial buscar acompanhamento médico para diagnóstico e tratamento precoces, mesmo na ausência de sintomas — já que se trata de uma doença silenciosa.

“O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento no momento certo e evitar problemas como infarto e AVC. Com orientação adequada, é possível controlar a pressão e manter uma boa qualidade de vida”, conclui o cardiologista.


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